terça-feira, 18 de janeiro de 2011

É hora de legalizar!



Hoje em dia, o que ameaça a ordem da sociedade? O que nos trás violência? Desordem? Caos? O que leva e encoraja uma pessoa a destruir a vida da outra? Serão as drogas? Onde é que tudo isso vai parar? Tanta miséria, tanta discórdia, tanto ódio. Pra quê? Por quê? Até quando?

Tantas perguntas e poucas respostas. Desde que a humanidade tem conhecimento de sua existência, há violência. Seja para roubar a carne da tribo inimiga, seja para impor uma ideia diante da raça em minoria. Infelizmente, essa violência não tem fim. Agora existe um simples ato que pode nos deixar com baixíssimos índices: a legalização da maconha.

Cannabis Sativa. Erva popularmente conhecida. Fácil de produzir e pode ser usada de diversas maneiras para diversas utilidades. No estado da Califórnia, nos Estados Unidos, o seu uso é liberado, a 14 anos, para fins terapêuticos. Combatendo dores, náuseas, perda de senso e insônias. Até TPM e câncer podem ser tratadas com a erva. Movimentando 1 bilhão de dólares em sua economia. Na medicina oriental, os benefícios da erva são conhecidos a mais de 2 mil anos. Assim como no estado da Califórnia, a erva no ocidente só é usada para tratar náuseas, e vômitos em pacientes sob quimioterapia, para abrir o apetite em pacientes com AIDS e para abater as dores em vítimas de esclerose múltipla. Exceções para Holanda e Canadá que liberam o uso recreacional.

No Brasil (maior consumidor da América do Sul), os argumentos para a não liberação da maconha são hipócritas e fúteis. Alegar que a maconha faz mal a saúde é completamente fora da realidade, pois, como já fora atestado, os benefícios são muitos. Além disso o uso de cigarro, álcool e várias outras substâncias absurdamente nocivas (como gorduras em geral e anfetaminas) são pacificamente aceitas, tornando ilógico a proibição. Em relação a dependência, algumas pesquisas apontam que apenas 2% dos usuários de maconha tornam-se de fato dependentes, com o tabaco este índice ultrapassa os 90%.

A solução para essa sociedade trágica e rancorosa poderia ser controlada com a legalização. O tráfico de drogas assola a população, derruba nossas crianças e mata nossos jovens. A violência em si é culpa do tráfico de drogas. O medo de ser morto faz um viciado matar para ter dinheiro para pagar o tráfico. A morte de muitos causada por outras drogas é culpa do mesmo tráfico de drogas. Fora o lucro do governo em legalizá-la. Os valores lucrados com a erva seriam revertidos em muitas outras coisas boas para a população, e o gasto, que uma vez iria, para combater seu uso poderia ser poupado.

Agora quem sustenta o tráfico de drogas? Quem dá as cartas pro tráfico jogar? Quem dá as armas pro tráfico matar a população? A análise é simples. Sem a maconha, “droga” mais popular, o tráfico não rende o que tem que render, ou seja, perde dinheiro. Por outro lado, em meio de milícias e esquemas corruptos, o governo e muitos políticos se beneficiam com a não legalização da maconha. Em troca, a população vira vítima das nossas próprias crias.

Há quem pense que a não legalização deve-se a algo cultural. Segundo muitos, a maconha abre as mentes dos usuários, os fazem mais sagazes. Não é a toa que a religião Rastafári a usa como uma erva da sabedoria. E, com essa ideia de fazê-los mais espertos, o medo dos políticos perderem sua boa condição para possíveis rebeldes, os fazem detestar a ideia de legalização.

Bem, é fato que a opinião de muitos não batem. Agora não é nada demais pedir uma mente aberta e bom senso para analisar fatos. Não deixe que a cultura abafe a realidade.





[Vídeo rápido onde Bob Marley dá um depoimento sobre o uso da erva, dêem uma conferida]


Um comentário:

  1. Opa...
    Muitas vezes, acredito na legalização (às vezes, sou até a favor), porém... temos que ver a cabeça do nosso querido povo brasileiro.
    Até onde legalizar seria ideal? Será que num faria parte de uma política malandra (como quase tudo auqi nesta terra papagali)?

    Temos que tomar cuidado com as formas.. Podemos estar, sem querer, fazendo apologia ao uso da droga. Eu posso ser a favor da liberação, mas não sou a favor da apologia ao uso dela.

    enfim, esse é um papo complicadíssimo.. precisaríamos de muito tempo de conversas...

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